A Eterna Procura
Se procurando a fé, eu me visto, não a encontrando como necessito, eu me dispo. Me dispo da ideia vulnerável e latente de encontrar narrativas surpreendentes de minhas solidões. E delas fazer encontros. Mas sigo buscando, não como eu deveria, pois ainda há o que se mostrar, mas tento. A eterna procura de nunca ter-se achado, vai de um simples lampião de querosene que ilumina uma viela inteira, à luz do sol quando nasce a esperança viva e certa.
Falta abraço, o calor dele, a vibração que só ele dá. O abraço fraterno, amoroso, que devolve uma ponta de esperança nessa eterna procura. Com a falta dele, há um buraco imenso e inesgotável e insaciável da pergunta por que não há abraços? Como, quando e onde eles sumiram? Partiram sem avisar? Pegaram um atalho? Então chegarão antes de mim e me encontrarão antes deu encontrá-los. Braços grandes, mãos grandes, braços pequenos, mãos pequenas. Nada disso importa. O calor que estiver contido neles, é o que devolve à vida.
Amor eterno, amor de irmão, amor de vida. Me devolve à vida.
