Sou

Sou um cavaleiro solitário
Errante
Vivendo do nada.
Sou um ser que não sabe que caminho tomar, que direção levar, e que se perdeu num tempo de sua capacidade de amar.
As únicas pessoas que ama não se importam com ele e, sozinho, sem ter com quem conversar, ele busca algum lugar desse mundo para se abrigar do nunca mais. 
O nunca mais para esse cavaleiro solitário, errante, é abraçar o sol e se iluminar com a lua. Olhar as estrelas e fazer pedido.
Foram tantas esperanças, tantos pedidos, tanto sonhos jogados nas águas do rio podre e fétido da vida.
Nada parece haver uma razão que se possa acreditar profundamente. Tudo são meias verdades, meias mentiras.
Copo cheio,
Copo vazio.
Pela metade, transbordando, vazio.
Vazio de colheita, de coração, de areia, de terra suja em flor.
Sou errante.
Sou só.
Nada. 
Nunca nada.Mas tudo pode ter um recomeço
É só dar o primeiro passo